Cirurgias



Ameloblastoma 





Ameloblastoma é uma neoplasia benigna derivada dos restos epiteliais da formação dos dentes. Ele pode se originar dos restos da lâmina dental, epitélio reduzido do esmalte, restos de malassez e células basais do epitélio superficial.
As principais caracteristicas do ameloblastoma são o crescimento lento e contínuo sendo localmente agressivo e em que raras vezes acaba sofrendo transformação maligna. Normalmente ocorre em mandíbula (80 a 85%) e não há predileção por sexo.
O ameloblastoma pode ser multicístico, unicístico e periférico conforme suas características clínicas e radiográficas. O ameloblastoma multicístico atinge largo espectro de idades, acometendo principalmente 3ª e 4ª década de vida. O amelobastoma unicístico ocorre em indivíduos mais jovens, na faixa dos 16 aos 20 anos.



Aspecto clínico







Sinais e Sintomas:

Os sinais e sintomas são crescimento tecidual intra-oral, expansão óssea assintomática ou sintomática, dor e ulceração intra-oral, mobilidade ou perda dental e assimetria facial. Normalmente o amelobastoma é descoberto em radiografias panorâmicas de rotina ou em casos de expansão óssea tardia. Quando ocorre na maxila o ameloblastoma pode causar dor peri-auricular, obstrução nasal e empiema do seio maxilar.
O amelobastoma periférico apresenta crescimento tecidual em mucosa gengival, sem envolvimento ósseo direto. Caracteriza-se por um nódulo firme, séssil ou pediculado, variando de tamanho (entre 0.5 a 2 cm), com superfície lisa e coloração normal e com menor frequencia superfície eritematosa ou ulcerada. O aspecto radiográfico é de favos de mel ou bolhas de sabão.
O ameloblastoma unicístico possui imagem radiolúcida unilocular bem delimitada e pode apresentar limites corticalizados. Geralmente há um dente impactado relacionado .

Aspecto Radiográfico

Tratamento:
As formas de tratamento do ameloblastoma dependem do tipo e tamanho da lesão e são definidas pelo cirurgião dentista responsável. A cirurgia é o tratamento de escolha. Podem ser por enucleação da lesão, marsupialização, enucleação seguida de curetagem, crioterapia, eletrocauterização, exérese com margem de segurança, ou ainda, quando unicistico, por marsupialização, tratamento mais conservador que evita grandes perdas de estrutura óssea, porém só aplicado em casos específicos.

cirurgia para remoção de tumor.
Peça Anatomopatológica 

Fique atento a sua saúde, faça consultas de revisão e, a qualquer sinal de aumento de volume ou mudança de posicionamento dos dentes de forma estranha, CONSULTE UM CIRURGIÃO DENTISTA.

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TRAUMAS DE FACE

Os traumas, de uma maneira geral, são situações acidentais onde o indivíduo sofre uma pancada muito forte que pode lesar suas estruturas corporais. Quando sofremos um trauma, seja ele na face, no corpo, ou em algum membro, o importante e termos calma, não se desesperar, e principalmente, NÃO TOMAR NENHUMA ATITUDE PRECIPITADA. 
Uma pessoa que estiver atendendo quem  sofreu um trauma deve ficar atenta aos sintomas principais, que são:
  • A vítima estar inconciente (checar a resposta verbal e estimulo ao toque)
  • Aferir o pulso da vítima;
  • Avaliar a respiração;
  • Rinorréia ( saída de líquido) pelo nariz;
  • Anisocoria ( pupilas com lesão, normalmente com diametros diferentes, grave lesão cerebral);
  • midríase ( pupilas aumentadas);
  • miose (pupilas contraídas);
  • No caso da vitima consciente, estar atento a dores cervicais.
Avaliação Inicial:
  • Vias aéreas: proteção das vias aéreas contra obstrução como vômito, corpo estranho, ptose da língua e controle da coluna vertebral com a imobilização temporária mesmo que feita apenas segurando a cabeça da vítima com as mãos;
  • Respiração: avaliação da expansibilidade pulmonar;
  • Circulação: controle de perda sanguínea por hemorragia;
  • Déficit Neurológico: Avaliar lesões de tecido nervoso;
  • Ambiente de Exposição: avaliar outras lesões que ainda não foram diagnosticadas;


    Trauma facial, também relatado como trauma maxilo facial, trata-se de qualquer ferimento físico localizado na face, podendo afetar, consecutivamente, sua pele,gordura, músculos, nervos e ossos e, nos casos mais graves, se associar a dano cerebral. O trauma facial pode acarretar em perda de sensibilidade na pele,cicatrizes, retrações, lesões na visão, dificuldade na respiração, paralisia facial e perdas dentárias.
    O cirurgião buco maxilo, muitas vezes solicitado para agir em salas emergenciais, é o tipo de especialista que irá realizar o tratamento do paciente que sofre de traumatismo facial. Esse cirurgião irá tentar reparar grande variedade de injúrias que se estabelecem na boca, na face, nos maxilares e nas lacerações que podem existir nos lábios, como também nos dentes e nos ossos do rosto. Entre os sintomas das fraturas faciais está a dor, o adormecimento do queixo, dos lábios, da língua, do nariz, a dificuldade em movimentar a boca e lacerações profundas sobre os ossos.
    Quando há dúvidas a respeito das fraturas, recursos como a radiografia, exame clínico, avaliação neurológica e exames complementares são utilizados para diagnóstico. As medidas terapêuticas clínicas podem em certos casos incluir oxigenoterapia, hidratação endovenosa, antibioticoterapia e outros.  A técnica principal de tratamento das fraturas faciais é a alinhação de segmentos ósseos que necessitam ser mantidos em posição até atingir a estabelização. O tempo de tratamento depende da idade do paciente e, sobretudo, da gravidade de sua fratura.
Nos países desenvolvidos, a principal causa de trauma facial são acidentes de veículo, mas este mecanismo tem sido substituído por violência interpessoal; nos países subdesenvolvidos, uma das principais causas desse traumatismo se encontra no ambiente de trabalho, onde não há formação técnica especializada e aparelhagens seguras. Outras causas de trauma facial incluemquedas e lesões esportivas.

Classificação

Os danos do tecido mole incluem abrasão dentária, çacerações, extirpação, contusão  e outros. Em fraturas faciais, os ossos mais acometidos são geralmente os ossos nasais, enquanto que o arco zigomático se encontra em segundo lugar e o osso frontal o mais resistente de todos os outros.

Ossos da Face
   1-Frontais; 6- Lacrimais
    2-Nasais; 7-Zigomático
    3-Parietais; 8-Etmóide
    4-Temporais; 9-Maxila
    5-Esfenóide; 10-Mandíbula.

Geralmente, as injúrias também se apresentam em outras regiões dos ossos faciais como a maxila (o osso que forma a mandíbula superior), a mandíbula (maxilar inferior), e o osso nasal (do nariz). O osso zigomático (osso malar) e o osso frontal (testa) são outros locais de fraturas. As fraturas também ocorrem frequentemente nos ossos do palato e naqueles que se unem para formar a órbita do olho. A mandíbula pode ser fraturada na sua sínfise, corpo, ângulo e ramo.
No início do século XX, René Le Fort mapeou as regiões faciais típicas dos traumas maxilo faciais, agora conhecidos comofraturas I, II e III de Le Fort (direita). A Fratura I de Le Fort, também chamada de Fratura de Guérin ou Fratura transversa, envolve a maxila, separando-a do palatino. A Fratura II de Le Fort, conhecida também como Fratura piramidal, atravessa os ossos nasais e o aro orbital. A Fratura III de Le Fort, por sua vez, chamada também de Disjunção crâniofacial, atravessa a frente da maxila e envolve as suturas zigomaticofrontal, maxilofrontal nasofrontal, os assoalhos das órbitas, a etmóide e o esfenóide. As Fraturas de Le Fort, responsáveis por 10-20% das fraturas faciais, são frequentemente associadas com outros ferimentos graves. Le Fort fez seu trabalho com base em cadáveres e caveiras, e o sistema de classificação tem sido criticado como impreciso e simplista uma vez que a maioria das fraturas de meia-face envolvem uma combinação das fraturas de Le Fort. Embora a maioria das fraturas faciais não seguem os padrões descritos por Le Fort, seu sistema ainda é utilizado para categorizar os diversos tipos de traumatismos.


Sintomas

 As fraturas dos ossos faciais, como em outras fraturas, pode estar relacionada a dor e inchaço dos tecidos circundantes (tais sintomas podem ocorrer na ausência de fraturas também). Fraturas nasais, na base do crânio ou na maxila podem estar associadas a hemorragias profusas. Deformidades na face, como um osso malar(zigomático) afundado ou dentes que não estão alinhados corretamente, sugerem a presença de fraturas. Assimetrias podem sugerir a fraturas faciais ou danos a determinados nervos do rosto. Sujeitos com fraturas mandibulares possuem, frequentemente, dores e dificuldades em abrir e fechar a boca, e podem ter dormência no lábio e no queixo. Comumente, a pessoa que está com trauma facial sente dor na região frontal, hipoestesia na região do supratroclear, epistaxe e rinoliquorragia, isto é, laceração da dura. Outros principais sintomas, em ordem decrescente, são a dor na musculatura facial e/ou cervical, cansaço e redução de força ao mastigar, alteração da oclusão, limitação da abertura da boca, limitação e desvios dos movimentos mandibulares e ruído articular. Clinicamente, os especialistas de um determinado estudo notaram sinais funcionais, como alterações em funções estomatognáticar derivadas de desvios ou alterações no percurso de movimentos mandibulares em cem por cento dos casos que estudaram. Outros sinais mais comuns que notaram foram a limitação da amplitude de movimentos mandibulares, edema, dor à palpação e alterações ocorridas na musculatura por conta da fratura. Além disso, os pacientes da pesquisa possuíam, embora raramente, alterações cicatriciais. Submetidos a uma intervenção fonoaudiológica, seu estado melhorou muito, segundo a pesquisa.


Diagnóstico
  O diagnóstico de fraturas faciais é basicamente clínico, com uma avaliação da história do trauma do paciente, através do mesmo ou por familiares e amigos, ( o paciente , devido ao trauma, pode não estar em condições de responder a perguntas); exame clínco do paciente, através de palpação e inspeção procurando sinais de trauma, como, assimetria facial, afundamento da face, hemorragia subconjuntival, deslocamentos e movimentações ósseas, edemas, rinorréia co líquor. Posteriormente, como método complementar, faz-se o exame radiográfico, onde se avaliam linha sugestiva de fratura, deslocamento ósseo, hemosinus, alteração na conformação óssea. Ou seja, o diagnóstico é feito a partir do exame clínico e , complementado com o radiográfico.

ATENÇÃO
EM CASOS DE ACIDENTE GRAVE, NÃO TENTE REALIZAR PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS SEM HABILITAÇÃO. NUNCA MEXA NA VÍTIMA SEM A CORRETA IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL E PESCOÇO. JAMAIS DÊ A VÍTIMA ÁGUA OU QUALQUER OUTRO LÍQUIDO, ALIMENTO OU MEDICAMENTO. CHAME IMEDIATAMENTE O SERVIÇO DE EMERGÊNCIA.

Prevenção 

Use sempre o sinto de segurança

airbaigs ajudam a evitar impactos frontais
Casos
Acidente de moto

tratamento cirúrgico de fratura de mandíbula